Semana de provas na Escola Onélia Campelo e assim que eu cheguei fui informada que era só assinar e ir embora, pois o professor de Língua Portuguesa hoje assumira a turma do terceiro ano do Ensino Médio. É claro que aproveitei este momento pra conversar com alguns estudantes acerca da avaliação bimestral que fizeram na segunda-feira.
Assim que vi Leonardo -um estudante que aparentemente está por dentro dos assuntos e que participa das aulas- fui perguntar o que ele achou da prova, se estava confiante, se havia ido bem nesta avaliação e pra minha surpresa ouvi: "não gostei da prova, estava difícil, mas eu também não estudei e nem acompanhei o cronograma das avaliações. Não gostei da prova!" Disse à ele que era assim mesmo, mas que ele precisava ficar por dentro dos assuntos e datas e que na entrada da escola havia o cronograma de provas.
Após isto encontro João e Marciel. Sobre a prova ambos falaram que estava difícil. Mas João disse que não ligava, pois já estava passado na disciplina e Marciel estava naquela de não saber bem o que estava por vir, já que declarou não haver estudado. Eles comentaram sobre outras provas e que estavam aprovados em algumas disciplinas e por isso, nestas disciplinas não se dedicaram à tirar notas elevadas. Esta conversa com estes estudantes me levou à pedir á prova ao professor Ricardo e ao recebê-la fui avaliá-la. O conteúdo não estava fora do contexto do que foi revisado em sala, mas acredito que o enunciado foi um grande vilão nesta prova, à exemplo a terceira questão, da CESGRANRIO.
Outro ponto que me despertou curiosidade foi acerca da visão dos docentes á respeito das notas futuras destas avaliações. Logo, fui à procura de algum professor para bater um papo sobre a situação. Conversando com o professor Abdche, docente de Química (disciplina do Ensino Médio), perguntei sobre as expectativas dele para as notas e ele pontuou que acredita que os estudantes tiraram as mesmas notas de rotina, que não estudam de fato para aprender o conteúdo. Seguiu ainda falando que os estudantes não tem motivação para aprender e ele não consegue identificar o que fazer e nem por que isso ocorre.
Os estudantes acabam as provas e por volta das 14:30 já estão liberados. Aproveitam à saída antes do horário costumeiro pra se divertirem na rua ou seguirem para suas casas. E eu seguindo á caminho da UFAL. Já dentro da Universidade avisto alguns estudantes que passam por aqui para seguirem supostamente pra casa e o meu pensamento é que este caminho sirva de estímulo, de rota de entrada, para esta outra etapa de formação: a profissional.
Comentários
Postar um comentário